Com a Europa em crise, marcas de luxo mostram suas novidades em Xangai
FELIPE NÓBREGA
ENVIADO ESPECIAL A XANGAI
Com a economia da Europa encolhendo e a venda de automóveis em plena expansão na China, as grandes montadoras inundam o Salão de Xangai de lançamentos e produtos remodelados.
A maioria deles pensado especialmente para o consumidor local, emergente como o brasileiro. Por isso a mostra chinesa é tão representativa para nosso mercado.
Guilber Hidaka/Divulgação | ||
Um exemplo disso é o Audi A3 Sedan, que tem porte de Honda Civic, porém acabamento mais refinado e novas tecnologias. A versão de entrada do "alemãozinho" traz motor 1.4 turbo e interior com revestimentos em materiais "soft touch" (macios ao toque), com alumínio e pouco plástico. O modelo chegará ao Brasil no início de 2014.
De perto, o ele parece ser menos ousado esteticamente que o Mercedes CLA, destacando-se mais pela harmonia de suas linhas, que mesclam tradição e esportividade em doses mais ecléticas.
"É possível que, por ser um produto de preço mais acessível e por oferecer espaço suficiente para famílias, o A3 Sedan se transforme, no futuro, no modelo mais vendido da Audi no mundo, superando até o A4. Mas focamos sobretudo incrementar as vendas da empresa", disse à Folha Luca di Meo, vice-presidente mundial marketing da marca das quatro argolas.
A Maserati segue a mesma filosofia e mostra em Xangai um sedã menor e menos potente que o Quattroporte. O Ghibli (foto abaixo) tem a missão de fazer as vendas da montadora italiana pularem de 6.000 para 50 mil unidades por ano até 2015.
Guilber Hidaka/Divulgação | ||
Para brigar com pesos-pesados como o BMW Serie 5 e o Jaguar XF, o Ghibli conta com um motor V6 de até 417 cv.
Já a Land Rover apresenta na China a nova geração do Range Rover Sport. O utilitário de grande porte e alto luxo ganha mais equipamentos e passa a adotar o atual DNA estético da marca, inaugurado com o jipinho Evoque.
Outro remodelado é o Porsche Panamera, que veio ao Salão de Xangai para mostrar ainda sua inédita versão híbrida Plug-in, que pode ser abastecida tanto com gasolina como eletricidade, com a promessa de reduzir os níveis de consumo e emissões.
A China é o segundo maior mercado da montadora alemã, atrás apenas dos EUA. No ano passado, a Porsche emplacou 31.205 carros no mercado chinês, 28% mais do que em 2011.
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