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09/06/2013 - 07h03

BMW R 1200 GS ganha refrigeração a líquido e motor mais potente

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Porsche demorou 66 anos até adotar a refrigeração a líquido em seus motores seis cilindros boxer, que eram arrefecidos por ar e óleo. Quando, enfim, passou a usar água e aditivo, tomou todos os cuidados para não ouvir reclamações posteriores.

O mesmo ocorre agora na BMW, com a moto R 1200 GS. Após 33 anos de pistas e ralis, a "big trail" de origem alemã recebe radiador e alterações no motor e no câmbio.

O visual também mudou. Há, por exemplo, novas carenagens laterais. Enquanto a versão de entrada Sport custa R$ 73,4 mil, a topo de linha Premium vai a R$ 83,9 mil.

Arnold Debus/Divulgação

A refrigeração a líquido dos cabeçotes proporcionou um melhor controle de temperatura do motor de dois cilindros contrapostos. Com isso, foi possível aumentar a potência de 110 cv para 125 cv (a 7.700 rpm).

O característico ruído da GS foi mantido, porém o funcionamento está mais suave. A transmissão de seis marchas passou a trazer embreagem multidisco na parte frontal, e a ignição melhorada também foi aprimorada: a BMW passa a usar uma vela por cilindro -antes, eram duas.

A embreagem hidráulica também merece destaque, pois é macia como a de uma moto pequena.

O veículo foi avaliado em um circuito montado no Autódromo de Interlagos. Logo nas primeiras voltas, foi possível notar a intervenção do controle de tração, que atua aliado a três ajustes da suspensão ativa. O sistema ajuda a manter a GS sob controle.

Arnold Debus/Divulgação

GRAVIDADE

Com o novo motor, a marca alega que o centro de gravidade ficou mais baixo, algo comprovado pela maneabilidade nas curvas fechadas.

Mesmo com a ciclística voltada a uma pilotagem em posição ereta e relaxada, a BMW se moveu com precisão nos desvios de trajetória.

Há freios ABS e dois modos de tração, sendo que a opção "Trail Pro" é indicada para o uso com pneus "off-road".

O painel mudou: os dois mostradores superiores foram integrados, mantendo a tela de cristal líquido na parte inferior. Os dois bancos também são novos e têm regulagem de altura, bem como o para-brisa.

A luz diurna com lâmpadas de LED é item de série, mas quem quiser que os faróis alto e baixo tenham o mesmo sistema terá de investir na versão mais cara.

Esse é o problema da nova BMW R 1200 GS: há uma grande diferença de preço e recursos entre o modelo mais em conta e a opção topo de linha. Uma versão intermediária seria bem-vinda.

RIVAIS

Apesar dos preços superiores a R$ 60 mil, as motocicletas "big trail" encontram bom público no mercado brasileiro. Além da BMW R 1200 GS, o segmento das estradeiras de grande porte tem opções como a Triumph Tiger Explorer (R$ 62,9 mil), a Yamaha XT 1200Z (R$ 61 mil) e a Honda VFR 1200X (R$ 79,9 mil).

 

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