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21/06/2015 - 18h21

Carros dos anos 1990 são fotografados ao lado de suas versões atuais

RODRIGO LARA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No início dos anos 1990, logo após a reabertura do mercado aos importados, modelos luxuosos e esportivos se destacavam. No primeiro grupo se encaixa o Lexus ES 300 de Orlando Ortiz, 33. O empresário é um dos tantos apaixonados por automóveis que suspiravam pelos modelos estrangeiros na infância e hoje buscam esses carros para o uso diário.

O sedã ano 1993 denuncia sua idade pelo estilo, com pintura da carroceria em dois tons. "Já me sugeriram que eu pintasse o carro em apenas uma cor, mas acho esse detalhe um charme extra", conta o proprietário. Já o interior reúne características típicas de modelos de luxo da década de 1990, como aplique de madeira no painel e disqueteira para diversos CDs. "A construção é extremamente sólida e há detalhes curiosos, tipo a ausência de molduras nos vidros das portas", ressalta.

Mesmo com 22 anos de idade, o modelo é usado diariamente, garante o dono. Seu Lexus é um dos primeiros lançamentos da marca japonesa, que pertence à Toyota.

EVOLUÇÃO

A Folha promoveu o encontro do ES 300 de Ortiz com sua versão atual, o ES 350. O modelo 2015 é visivelmente maior, especialmente no comprimento: são 12 cm a mais. O design também passou por uma revolução, adotando uma postura mais esportiva.

O motor é um 3.5 V6 de 277 cv -são 90 cv a mais que o oferecido pelo antigo 3.0. Há também recursos eletrônicos, como o controle de estabilidade, ausente no ES 300.

ESPORTIVOS ACESSÍVEIS

Além de modelos luxuosos, os esportivos importados também chamaram bastante a atenção quando começaram a desembarcar no país.

As opções variavam tanto em preço quanto em potência, e havia modelos mais acessíveis e com uma dose de desempenho.

Um deles era o também japonês Honda CRX (conhecido em alguns mercados como Civic del Sol). O pequeno esportivo foi importado oficialmente para o Brasil. A versão VTi foi a mais desejada, com seu motor 1.6 de 162 cv.

É exatamente um exemplar desses, ano 1993, que o designer César Moraes, 23, tem estacionado na garagem. "Está com 115 mil quilômetros rodados, e só abastecemos com gasolina premium e fazemos todas as manutenções preventivas", explica.

Perto do CRX, o modelo Honda à venda no país com proposta mais parecida é o Civic Si. Parados lado a lado, é possível ver como o tempo passou depressa.

A atual geração do modelo possui carroceria cupê, porém é sensivelmente maior e 260 quilos mais pesada que a do compacto CRX.

A potência também é superior: o Civic Si de hoje tem motor 2.4 16V de 206 cv. Apesar disso, a sensação de esportividade é praticamente a mesma em ambos os carros.

FRANCESES FORAM INOVADORES EM TECNOLOGIA

Além dos japoneses, a presença de carros franceses também marcou o processo de reabertura das importações. Modelos da Citroën, da Peugeot e da Renault povoaram as ruas brasileiras, chamando a atenção por suas soluções mecânicas peculiares e apelo esportivo.

O administrador Bruno Tinoco Martinucci, 25, é dono de dois modelos do tipo: um Citroën ZX Dakar 1996 e o único Peugeot 405 T16 no Brasil, ano 1995, com motor turbo e tração nas quatro rodas.

"Ele foi dado de presente a Rubens Barrichello pela equipe Jordan de Fórmula 1, que usava motor Peugeot", conta.

O Citroën se destaca por ter rodas traseiras com esterçamento: elas viram levemente no sentido das curvas para melhorar a estabilidade).

O grande chamariz do 405 T16 é seu motor 2.0 turbo de 200 cv, que faz dele um esportivo de respeito, cultuado na Europa.

ALMAS GÊMEAS

Ainda que sucessores distantes, as "almas" de ZX Dakar e 405 T16 podem ser refletidas em dois modelos atuais de Citroën e Peugeot: o pequeno esportivo DS3 e o sedã 408 THP, ambos com motor 1.6 turbo (165 cv).

"Acho que o DS3, em especial, carrega o espírito da Citroën dos anos 1990, com um design diferenciado, uma mecânica mais esportiva e ótima dirigibilidade", afirma Tinoco.

Uma das maiores preocupações de quem compra um carro esportivo e raro diz respeito à manutenção, problema menor para Bruno: ele divide com o pai. Alberto, uma oficina especializada em carros franceses, a Motorfast.

 

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