Novo Giulia chega em 2016 para marcar renascimento da Alfa Romeo
JOSIAS SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MILÃO (ITÁLIA)
Não foi apenas o pré-lançamento da nova Giulia. A festa em Areze, próxima de Milão, em 24 de junho deste ano, significou o renascimento da marca Alfa Romeo, na data em que a marca completava 105 anos.
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Sedã médio Alfa Romeo Giulia chega para disputar mercado com veículos da Mercedes, BMW e Audi |
Um renascimento que vai custar caro. Serão 5 bilhões de euros de investimento até 2018, para ressuscitar uma marca que estava esquecida, segundo Sergio Marchionne, CEO da FCA, grupo que também abriga Fiat e Chrysler.
A ideia é saltar de 74 mil unidades vendidas em 2013 para 400 mil/ano em 2018, lançando mais sete modelos a partir do próximo ano, incluindo a Giulia, com seu motor de 510 cv.
Atualmente, só três modelos são fabricados: o MiTo e a Giulietta, com plataforma Fiat, e o 4C, esportivo de dois lugares baixíssima escala.
O tom emocional do lançamento, linguagem que apenas uma marca centenária pode se dar ao luxo de usar, aparecia até em um dos slogans do novo sedã: "veloce". Para completar o quadro, a Giulia entrou no palco sob a voz, in loco, do célebre tenor Andrea Bocelli.
A nova Giulia só apareceu em versão top, com o tradicional e enorme Quadrifoglio (trevo de quatro folhas que designa os carros mais luxuosos e apimentados da marca). Um modelo esportivo do nível do AMG, da Mercedes, do M da BMW, e do Audi RS. Esses serão os competidores da Giulia.
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Alfa Romeo Giulia 2016 |
TECNOLOGIA E TRADIÇÃO
O novo Giulia vai se situar entre os Audi A3 e A4, ou os BMW Série 3 e 4, e quer dar show de tecnologia. O motor 3.0 V6 turbo, todo de alumínio, cumpre de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos. Os cilindros são desativados em velocidade de cruzeiro e os freios são de cerâmica. A carroceria abusa do alumínio, bem como a suspensão. Tudo em uma embalagem típica da Alfa Romeo, feita para seduzir.
A tendência é que modelos mais básicos que a Giulia Quadrifoglio sejam lançados futuramente.
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O novo modelo tem motor V6 3.0 de 510 cv que faz de 0 a 100 km/h em 3,9 s |
O caminho da Alfa promete ser longo e esburacado. E começa pela reconquista dos consumidores, o que leva a um ponto-chave: a suposta falta de robustez dos Alfas, determinantes para a decadência da marca em vários países, do Brasil aos Estados Unidos. A Alfa terá de reconstruir sua imagem.
Apesar de haver revendedores em muitos países da América do Sul, nada se falou sobre o retorno da marca ao Brasil. Mas, segundo a Folha apurou, a rede Jeep, que hoje foca no SUV Renegade, será responsável pela reconstrução da marca e pelas vendas por aqui, com a Giulia, a partir de 2016.
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