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04/11/2012 - 03h00

Perseguir metas cada vez mais ambiciosas é o lema do presidente da Totvs

ANNA CAROLINA RODRIGUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Perceber na década de 1980 que o mercado de computadores pessoais cresceria no futuro foi a sacada de Laércio Cosentino, 52, que decidiu então apostar no desenvolvimento de softwares para PCs.

Propôs o negócio a Ernesto Haberkorn, dono do escritório de serviços em que ele trabalhava, e assim surgiu a Microsiga. A empreitada deu certo, Consentino virou sócio e a empresa viria a ser conhecida depois como Totvs.

Caio Kenji/Folhapress
Laercio Cosentino, presidente da Totvs, empresa de software
Laércio Cosentino, presidente da Totvs, empresa de software

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Folha - Qual foi sua primeira experiência profissional?

Laércio Cosentino - O meu avô paterno tinha uma pequena loja de departamento no litoral sul de São Paulo, em Mongaguá. Ele a abriu na década de 1960, faleceu em 1969 e o meu pai assumiu. Acabei "trabalhando" lá dos 9 aos 14 anos durante as minhas férias, que naquela época duravam quatro meses. Foi uma escola maravilhosa.

Quais aspectos foram fundamentais para que o senhor chegasse aonde está hoje?

Sempre observo tudo que acontece ao meu redor e procuro oportunidades. Isso vem desde a época em que trabalhei na loja do meu avô. Quando comecei com o Ernesto, era uma empresa fantástica, mas não tinha processos.

Enxerguei essa oportunidade, falei que precisava de analistas, diretores, uma equipe mesmo. Busco aquilo que pode ser melhorado ou o que pode ser feito diferente. Nunca estou satisfeito. Tento ter sempre uma meta, mas nunca alcançá-la. No momento em que sinto que vou cumprir o desafio, mudo o alvo para frente.

O sr. fez sua carreira na Totvs. Hoje o tempo de permanência de funcionários numa empresa é pequena.

Todo ser humano é movido a desafios e eles precisam ser transformados em compromissos. O fato de buscar experiência em diversas empresas é isso. O americano, por exemplo, pensa muito em fazer carreira e fica cinco anos em cada empresa.

Se você consegue viver desafios diferentes na mesma empresa e ter compromisso com eles, é o mesmo que trabalhar em várias empresas.

Entendemos que temos de gerar novas oportunidades para os funcionários. Ninguém gosta de uma empresa, mas sim das oportunidades que ela gera para que se possa satisfazer os desejos profissionais. Trabalhamos muito com "job rotation" (rotação de postos de trabalho). É uma maneira de contrapor essa evasão da empresa.

O que é importante para ser um presidente de empresa?

O presidente tem de ajudar a escrever uma história que não está escrita e tem que ser uma grande referência. Digo que quando todo mundo tem a mesma tecnologia, o diferencial está nas pessoas. Hoje vivemos em uma sociedade de informação.

Clicamos e buscamos informação. O meu papel é entender e colaborar com a estratégia e com a elaboração de um plano de negócios e cobrar muito. Muito.

O que o sr. acha importante dizer para quem está no início da carreira?

Os jovens têm muita iniciativa, mas pouca "acabativa" --eles não terminam as coisas. É claro que não tem problema fazer muitas coisas ao mesmo tempo. O mundo hoje é assim. Acho que para ser bem sucedido, é preciso dedicação, compromisso com determinadas etapas e desafios. É preciso fazer as coisas bem para ser recompensado da mesma forma.

 

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