Empresas estão mais dispostas a negociar salários, diz pesquisa
DE SÃO PAULO
Segundo o levantamento da consultoria Robert Half, sete em cada 10 diretores de recursos humanos de empresas brasileiras estão mais dispostos a negociar salários com os candidatos em busca de um emprego atualmente do que há 12 meses.
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Na média global apenas metade das empresas está mais disposta a esta negociação, o que reflete, segundo os responsaveis pela análise, não apenas a crise econômica em alguns lugares do mundo, mas também do fato de as companhias nesses países perderem frequentemente candidatos e funcionários por não terem atendido expectativas salariais.
A pesquisa com 1.777 diretores de RH de 15 países e grandes centros mostra que benefícios não financeiros como horários flexíveis e período sabático são ferramentas usadas para atrair e reter funcionários. No Brasil, 100 profissionais foram entrevistados.
Na média global, 81% dos entrevistados consideram esses benefícios muito eficientes e eficientes; no Brasil, a média levemente inferior, de 78%. De acordo com Ana Guimarães, gerente da divisão de mercado financeiro da Robert Half, o fator que mais pesa na hora de avaliar um possível aumento de salário é a rentabilidade. "Os tomadores de decisão avaliam se é possível aumentar o salário ou oferecer benefícios, como cursos ou carros."
Segundo a executiva, os bônus têm ficado cada vez maiores no Brasil. "Anos atrás, celular e computador eram vistos como benefícios; hoje, não mais. Além disso, cada vez mais companhias têm dado verba anual para o colaborador usar com a saúde, como massagem ou exercício físico", aponta.
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