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21/01/2013 - 06h00

Tecnologia ajuda setor de RH a reter talentos da geração Y

REINALDO CHAVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A forma correta de lidar com as novas gerações é um desafio comum para todas as empresas. A geração Y (14 a 30 anos) é apontada como formada por jovens que não mais compartimentam a vida em momentos para trabalhar, se divertir e para ficar com a família: tudo passa a ser interligado. Desse modo, o setor de RH (Recursos Humanos) precisa encontrar novas formas de reter esses novos profissionais.

Um estudo da consultoria KPMG aponta que a tecnologia pode ser uma arma para engajar mais os jovens. Segundo Patricia Molino, sócia-líder de People & Change da KPMG no Brasil, existem ferramentas de gestão de RH que utilizam recursos digitais, como redes sociais. "Esse público [geração Y] quer respostas mais rápidas, mais interatividade, portanto, esses métodos são mais adequados", justifica.

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Entre os exemplos, ela cita aplicativos corporativos para celulares que podem realizar pesquisas de opinião entre os funcionários, páginas para os funcionários dentro de redes sociais como o Facebook, processos seletivos on-line, compartilhamento de resultados via web e cursos presenciais pela internet com recursos de vídeo e chat.

NOVO PROFISSIONAL
Molino admite que a grande parte dos analistas de RH do Brasil ainda não utiliza essas novas ferramentas tecnológicas. "Esses recursos ainda são usados principalmente nas filiais de multinacionais que funcionam no Brasil, mas essa situação tende a mudar", aponta.

De acordo com estudo idealizado pela KPMG International e realizado pela Economist Intelligence Unit, o recrutamento e a retenção de profissionais são percebidos como essenciais para o sucesso de qualquer negócio, apesar de líderes de negócios considerarem as atividades de RH não essenciais, e, em alguns casos, ineficazes.

O levantamento mostra que 81% dos entrevistados dizem que uma estratégia de gerenciamento de talentos eficaz será fundamental para o sucesso competitivo. Consequentemente, 59% afirmam acreditar que o RH vai ganhar maior importância estratégica nos próximos anos. Mas apenas 17% dos executivos ouvidos afirmam que o RH faz um bom trabalho demonstrando de fato sua importância para os negócios.

Comentando a pesquisa, Robert Bolton, líder global e europeu do Centro de Excelência em Transformação de RH da KPMG, afirmou: "No mínimo, o RH tem um problema de percepção, embora em muitos casos ele possa realmente não ter conseguido oferecer valor real. Apesar de a globalização e a virtualização do trabalho representar novos desafios, avanços na tecnologia estão oferecendo uma grande oportunidade para os RHs atenderem melhor as necessidades de aquisição de uma força de trabalho dinâmica e em transformação".

Molino comenta que isso começa a impulsionar no Brasil um novo tipo de profissional de RH: com a tecnologia também permeando a gestão de pessoas, deve aumentar nos próximos o especialista de TI (Tecnologia da Informação) para ações de RH. "Em grandes e médias empresas já é comum encontrar o especialista de TI para áreas como finanças, controladoria, logística etc. A tendência é que o RH também tenha seus profissionais especializados em tecnologia", afirma.

A pesquisa Repensando os recursos humanos em um mundo em transformação (Rethinking Human Resources in a Changing World) avaliou as forças que influenciam a atividade de Recursos Humanos nos negócios. Participaram do levantamento 418 executivos da Ásia (32% do total), Europa (30%), América do Norte (28%) e América Latina (10%) de diversos setores de atividade, que transmitiram mensagens contraditórias segundo as conclusões do estudo.

REDUÇÃO DE CUSTOS
Outro motivo prático para a adoção de recursos tecnológicos no RH deve ser a redução de custos. Molino destaca que com a flexibilidade e pulverização da mão de obra as empresas terão automaticamente novos desafios para gestão de pessoas.

Entre as ferramentas tecnológicas que o RH dispõe para esses desafios ela lista softwares para análises de dados de funcionários, organização de horários, turnos, qualificações para os cargos, horas-extras etc. "Esse controle permite planejamentos mais precisos e consequentemente redução de custos para a empresa."

 

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