Cresce o tempo para executivo desempregado voltar ao mercado
DE SÃO PAULO
Os executivos brasileiros estão levando mais tempo para voltar ao mercado de trabalho. Dados da consultoria de recrutamento Hays e do instituto de ensino Insper indicam que, neste ano, cresceu a parcela de profissionais que ocupavam cargos de gerência e coordenação e estão sem trabalho há ao menos quatro meses.
"Quem procura recolocação no mercado precisa de mais paciência: os prazos estão mais dilatados em relação a 2012", afirma o estudo.
No levantamento deste ano, praticamente um em cada quatro entrevistados (23%) está sem emprego por um período de quatro a seis meses. Em 2012, o percentual era de 12,5%. E quase um em cada cinco (18,8%) dos entrevistados está fora do mercado por entre sete e 12 meses, índice maior que o registrado no ano passado (9,8%).
Enquanto isso, caiu de 64,5% para 42,2% o índice de profissionais que estavam sem emprego por menos de três meses.
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"Mudou também o motivo pelo qual essas pessoas estão sem emprego: em 2012, quase metade (47,9%) pediu demissão; em 2013, 55,3% foram demitidos", afirma o texto da pesquisa.
Para Mark Bowden, diretor-geral da Hays no sul da Europa e na América Latina, isso significa que quanto mais a pessoa fica sem emprego, mais tempo demora para voltar a trabalhar. "Os que estão há mais de um ano desempregados têm muita dificuldade para se recolocar", diz.
O estudo ouviu 700 companhias e 7.500 pessoas no Brasil.
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