Para designers, hoje há exageros em mercado de games
DE SÃO PAULO
O mercado de "gamificação" cresceu muito nos últimos anos, o que faz com que os próprios designers de jogos tenham ressalvas a respeito do uso indiscriminado da prática.
"Acho que há embromação ('bullshit')", diz o designer de games dos EUA Ian Bogost. Ele afirma que, na prática, consultores usam o discurso de que a "gamificação" é a solução para todos os males da empresa, mas que sua preocupação só é mesmo vender seus produtos. "As corporações querem se manter na onda ao incorporar a 'gamificação' na sua estratégia de RH."
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Mario Lapin, da Virgo, também aponta exageros ao afirmar que uma sessão de horas não irá alterar a forma como uma empresa trabalha.
Guilherme Camargo, da Sioux, diz que "a gamificação veio para ficar", mas manifesta preocupação com a entrada de "gente despreparada" no mercado.
O professor da Anhembi Morumbi Alan da Luz cita erros, como empresas que passam a dar pontos para algum processo que os funcionários já fazem ou dar prêmios que não signifiquem nada. Outra questão delicada é o jogo ser desenhado para ensinar conceitos equivocados -ele exemplifica com uma sessão em que o jogadores eram empresas que venciam quando a concorrência quebrava.
O professor de mídias digitais da ESPM Vicente Martin também critica a aplicação generalizada: "Só é divertido se a pessoa tem repertório para encarar os games assim. E ser mais divertido não quer dizer que se absorve mais o conteúdo".
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