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14/06/2015 - 02h00

'Camaleão' consegue manter vaga mesmo com economia fraca

DHIEGO MAIA
DE SÃO PAULO

Companhias com mão de obra cada vez mais reduzida e sem recursos para investir, mas, que, mesmo assim, precisam produzir mais. É nesse ambiente que o profissional multidisciplinar tem ganhado território no Brasil.

"Em meio à crise, o profissional multifacetado tem escapado do desemprego porque ele consegue gerir, ao mesmo tempo, diferentes departamentos", afirma Luis Fernando Silva, da companhia de recrutamento Hays.

O engenheiro biomédico Noé Yoitiro, 26, é um exemplo disso. Ele diz ter desenvolvido a competência de lidar com vários segmentos na faculdade, num bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia, da UFABC (Universidade Federal do ABC).

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Esse tipo de graduação, que coloca o aluno em contato com diferentes áreas antes de optar pela carreira, já é oferecido no Brasil por 21 universidades federais.

"Transitei por várias áreas do conhecimento, que me deram bagagem técnica para entender o mundo da saúde", afirma Yoitiro.

Analista de engenharia clínica do laboratório Fleury, em São Paulo, ele tem de lidar diretamente com quatro setores da empresa –como as partes financeira e tecnológica– para aprovar a aquisição de equipamentos médicos para a companhia.

Ricardo Ribas, da empresa de recrutamento Robert Ralf, adverte que o currículo de alguém com atuação em várias áreas precisa ter um sentido.

"Lá na frente, ele pode não ser promovido porque atuou em setores tão diversos que não se conversam", explica.

Os setores de tecnologia, financeiro, vendas e engenharias têm mais espaço para os funcionários multidisciplinares. "Bem diferentes dos setores automobilístico e jurídico, que são mais rígidos", afirma Ribas.
"A era dos especialistas não acabou. Só que o cenário está mais para quem se adapta à realidade da empresa", diz o consultor Silva.

 

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