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14/06/2015 - 02h00

Pessoas que ajudam empresa a poupar são centrais em períodos de crise

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

Profissionais que geram ganhos de eficiência para as operações das empresas ou podem evitar perdas financeiras são os mais requisitados agora, sintetizam os consultores de contratação.

A Folha ouviu dez empresas especializadas em encontrar profissionais para grandes contratantes, que apontaram os tipos de ocupação em alta neste cenário de recessão econômica e piora do mercado de trabalho.

Os consultores responderam quais os profissionais que estão sendo mais buscados e quais enfrentam um momento de vacas magras nos setores de marketing e promoções, mercado financeiro e seguros, tecnologia, comércio, educação, engenharias e infraestrutura, saúde e jurídico.

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Em algumas áreas, como financeira, tecnológica e jurídica, há um ponto em comum no tipo de gente que é requisitada: aquela cujo trabalho implique redução de gastos.

Ricardo Barcelos, da consultoria de contratação Havik, afirma que é "tradicional e natural", durante as crises, "as empresas contratem quem possa rever custos e evitar gastos no futuro".

Fabio Braga/Folhapress
Renata Schmerling, 36, gerente de compliance
Renata Schmerling, 36, gerente de compliance

É o caso dos especialistas em compliance, termo em inglês que está na moda no país e, grosso modo, se refere a uma atuação capaz de garantir o respeito à legislação, evitando que a empresa gaste com multas e investigações.

Renata Schmerling, 36, é gerente da área de compliance da consultoria EY desde setembro de 2014. "Eu sabia que faria mapeamento de riscos, estabeleceria códigos de conduta e iria trabalhar com monitoramento, mas não conhecia a metodologia para fazer isso", diz.

Pessoas como ela "estão valendo ouro hoje", diz Fernando Palma, que é o chefe de Schmerling. Ele mesmo está procurando 12 pessoas. "Não tem esse profissional completo dando sopa no mercado. Sei porque frequento um happy hour de gente do setor e eles estão sendo disputados a tapa."

Ele diz que operações da Polícia Federal e escândalos internacionais como o da Fifa colocam o setor de compliance (e, por extensão, os profissionais) na vitrine.

"Neste ano fizemos muita posição de compliance, porque numa economia estagnada, isso chama mais a atenção das empresas", afirmou Juliano Ballarotti, sócio da recrutadora Asap.

"Fazer posição", no jargão dos headhunters, significa achar alguém para um cargo que uma empresa busca.

Outro perfil que segue em alta é o de quem atua com tecnologia, melhorando a eficiência operacional, algo central hoje para a empresa, como aponta Natasha Patel, diretora da consultoria de recrutamento Hays.

 

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