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28/01/2016 - 02h00

Redes de idiomas abrem filiais em colégios para crescer

DHIEGO MAIA
DE SÃO PAULO

Grupos de ensino de idiomas têm apostado em unidades dentro de escolas para se aproximar de seu maior público: estudantes com idades entre três e 17 anos.

"É o sistema que mais cresce na empresa", diz Felipe Franco, do Cel.Lep, que tem 19 de 44 filiais em colégios.

A segurança do ambiente escolar e os descontos na mensalidade de até 20% são usados para atrair os pais.

O grupo Pearson, detentor de Wizard, Yázigi e Skill, tem 65 pontos dentro de escolas: alta de 50% entre 2014 e 2015.

Segundo Giovanni Giovannelli, presidente da companhia, há dois formatos: no primeiro, o aluno aprende uma língua como atividade extracurricular; no segundo, a rede assume o ensino do idioma para todo o colégio.

"Os pais ganham em logística e ficam mais despreocupados, e as escolas têm acesso a um método consolidado", explica.

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Alunos em atividade de férias de escola bilíngue, em SP - Raquel Cunha/Folhapress

No CCAA, as franquias nas escolas representam entre 20% e 30% do total de 800 unidades, segundo a gerente de produto Daniela Vianna.

Moisés Caldeira é franqueado do grupo e ensina inglês no colégio Civitatis, na Vila Prudente, zona leste de São Paulo. Ele cobra uma mensalidade 20% menor porque "usa a estrutura da escola parceira", diz.

Em geral, são as redes que costumam procurar as escolas para firmar convênio. Mas já há um outro movimento.

"Os pais têm solicitado esse serviço aos colégios também", afirma Caldeira. Os acordos dependem de um número mínimo de alunos para ser consolidados.

MÉTODO

Não foi só a vantagem financeira que fez a empresária Fernanda Machado, 34, matricular o filho, Matheus, 9, no Yázigi do Objetivo, em Indaiatuba (a 98 km de SP). "Conhecer a marca me deu mais segurança", conta.

Caio Valério, 10, também estuda inglês na escola Piaget, em São Bernardo do Campo (Grande SP), conveniada com o Cel.Lep. "Já consigo jogar videogame em inglês com amigos de outros países", diz ele.

Para esse tipo de convênio educacional funcionar,"o método da rede de idiomas precisa ser complementar ao da escola", diz Vera Cabrera Duarte, do departamento de inglês da PUC-SP.

"A preocupação é garantir a mesma essência da escola em nossas aulas", diz a coordenadora pedagógica do Red Balloon, Daniela Segura.

Mas o presidente do Sieeesp (sindicato das escolas particulares de SP), Benjamin da Silva, alerta que a educação terceirizada costuma trocar seu corpo docente com mais frequência que as escolas, o que pode ser ruim.

Ele chama a atenção também para o número de alunos por curso. "A relação aluno-professor deve ser preservada para não prejudicar o aprendizado", afirma.

 

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