Condomínio varia pouco, mas serviço extra eleva custos em imóvel compacto
DANIEL VASQUES
DE SÃO PAULO
A quantidade de serviços nos apartamentos compactos de alto padrão é um reflexo da expectativa de que executivos representem parcela expressiva dos locatários, principalmente nos que ficam próximos a eixos comerciais, como as regiões das avenidas Engenheiro Luís Carlos Berrini, Brigadeiro Faria Lima e Paulista.
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Em vez de se hospedar em um hotel por um mês ou mais, o executivo ficaria num desses imóveis. Já o contrato de aluguel não sofreria alterações. "Feito por um ano ou mais, pela própria empresa em que o funcionário trabalha, hospedaria diferentes trabalhadores em diversas épocas do ano", diz Ricardo Stella, diretor da Trisul.
Ze Carlos Barretta/Folhapress |
Carin Burin comprou dois imoveis pequenos de padrão elevado para investimento |
Quanto ao valor da taxa de condomínio nos novos empreendimentos, as incorporadoras preferem não fazer estimativas, afirmando que eles estão em fase de lançamento ou em obras.
José Roberto Graiche Júnior, diretor jurídico da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo), prevê que os futuros moradores desses compactos não pagarão mais de taxa condominial do que em um similar maior e de mesmo padrão.
Ele calcula em cerca de R$ 15 por metro quadrado o valor da taxa, preço médio praticado em condomínios de empreendimentos de mesmo perfil, o que dá R$ 525 para um apartamento de 35 metros quadrados.
De acordo com Júnior, os "acréscimos" ficarão por conta dos serviços pagos por uso. Ainda assim, ele considera essa uma alternativa mais econômica do que contratar "por fora", porque o condomínio, segundo ele, trabalha com grande escala, fazendo os custos caírem.
"A arrumação básica, nos que têm esse serviço à parte, costuma sair em torno de R$ 45 o dia, mais barato que contratar uma diarista", pondera Júnior.
Para tentar atrair um comprador que busque morar no imóvel, algumas incorporadoras permitem que o cliente escolha a planta, em alguns casos sem acréscimo no valor.
O objetivo é fazer com que o comprador tradicional, que busca um imóvel com um ou dois dormitórios, não desista do negócio ao deparar com um estúdio.
João Mendes, diretor comercial da Setin, diz que no caso de um lançamento multiúso no Pacaembu, previsto para este semestre, o consumidor poderá optar por um estúdio ou um dormitório no imóvel, com o mesmo tamanho (50 metros quadrados) e pelo mesmo valor.
O Igloo, da BKO, também permite a inclusão de paredes sem cobrar a mais por isso, diz Joe Khzouz.
Carolina Daffara/Editoria de Arte | ||
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