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27/01/2013 - 06h30

Construtoras apostam em apartamentos pequenos de alto padrão em SP

DANIEL VASQUES
DE SÃO PAULO

Quem disse que luxo é prerrogativa de apartamento grande? Para atender a uma demanda farta em São Paulo, a de jovens profissionais em boa situação financeira, crescem os lançamentos de apartamentos compactos de alto padrão.

Venda de imóveis compactos cresce em São Paulo
Condomínio varia pouco, mas serviço extra eleva custos em imóvel compacto

Em geral, esses imóveis têm de 30 metros quadrados a 55 metros quadrados, são em formato estúdio (sem paredes internas) e oferecem serviços de arrumação básica, estacionamento com manobrista e, em alguns casos, posto de recarga para carros elétricos, recursos que costumam ser cobrados à parte da taxa condominial.

Para ficar com cara de hotel, um "concierge" e uma secretária trilíngue também podem fazer parte do pacote.

Fernanda Frazao/Folhapress
O administrador de empresas Marcio Prado, 36, comprou um imóvel compacto de padrão que pretende alugar
O administrador de empresas Marcio Prado, 36, comprou um imóvel compacto de padrão que pretende alugar

Em bairros nobres como Vila Madalena, Brooklin, Itaim Bibi, Vila Olímpia e Jardim Anália Franco, os compactos de alto padrão viraram nicho para investimento.

No Living Design Vila Madalena, 80% das unidades vendidas tiveram esse destino, segundo Guilherme Rossi, dono da incorporadora GR Properties. O empreendimento oferece limpeza das unidades, costura, sapataria, lavanderia, personal trainer, bufê, massagista e manicure.

Por um apartamento de 34 metros quadrados no condomínio, o administrador Marcio Prado, 36, pagou pouco mais de R$ 400 mil (cerca de R$ 12.000 por metro quadrado). Ele diz ter "pago caro", mas planeja recuperar o investimento alugando o imóvel. Se já estivesse pronto, afirma que pediria R$ 3.500 por mês.

"É num desses que um garoto de 22 anos quer morar; se não pode comprar, aluga".

Cyro Naufel, da imobiliária Lopes, atribui o alto percentual de investidores à boa localização dos edifícios e à dificuldade de encontrar aplicação de renda fixa com bom retorno, em cenário de Selic (taxa básica dos juros) a 7,25%, menor nível histórico.

Alugando o imóvel mais à frente, Naufel diz que o proprietário visa a garantir o pagamento da prestação com o rendimento do aluguel.

O presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Octavio de Lazari Junior, vê com entusiasmo o segmento para quem investe: "O preço de morar nessa ilhas de prosperidade é elevado, e por isso há um grande índice de investidores".

Carolina Daffara/Editoria de Arte
 

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