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05/01/2014 - 01h30

Vizinhança afeta rotina e valor do imóvel; confira o que eleva e derruba os preços

PAULA CABRERA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para não ser surpreendido por sirenes, freadas e arrancadas constantes de ônibus ou ruídos da vizinhança na primeira noite na casa nova, dominar o entorno é crucial.

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Apostar (e investigar) na localização é uma forma de garantir o sossego e um bom negócio no caso de revender.

Eduardo Anizelli/Folhapress
O gerente de custos Luiz Claudio Contezini, 47, espera desde 2010 pelo apartamento no Cambuci (zona sul), onde o desabamento de uma parte do terreno exigiu a revisão da obra
A família Contezini espera desde 2010 pelo apartamento

Terrenos próximos a estações de metrô, escolas, hospitais e mercados são mais visados. Ruído, trânsito e segurança são questões a serem observadas.

Conversar com quem mora na região pode ajudar a identificar os problemas e as transformações pelas quais o local vem passando.

No centro de São Paulo, por exemplo, moradores dizem que a situação na região da cracolândia, problemática há anos, piorou com o surgimento de barracos. Eles se mobilizam para que a prefeitura e o governo estadual resolvam o problema.

"Na hora da compra, é preciso pesquisar a unidade e todo o entorno", diz Flávio Prando, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário).

TRANQUILIDADE

A proximidade com universidades, parques, áreas verdes e shoppings pesa a favor.

"O ideal é estar perto de tudo, mas não tão próximo que tire a tranquilidade. É bom estar a uma quadra do metrô, de mercados e farmácias", diz Mirella Parpinelle, diretora da imobiliária Lopes.

O radar das construtoras também está ligado para esses fatores. "Se tenho um bom produto, mas em um espaço ruim, ele não valorizará tanto", diz Carlos Eduardo Fernandes, superintendente da Brookfield Incorporações.

Para ele, o imóvel deve estar a uma distancia de 1 km de serviços e transportes.

Para comprar um imóvel usado, a dica é conversar com moradores, zeladores e síndicos não só sobre a redondeza, mas sobre investimentos recentes no condomínio.

Segundo Marco Dal Maso, diretor da Aabic (Associação das Administradoras de Bens, Imóveis e Condomínios de São Paulo), a medida evita gastos com conservação e manutenção.

A aposentada Edite Marly Marchetti convive com barracas de legumes na porta de casa. Além do barulho, enfrenta a obstrução da porta da garagem, que tem saída também para outra rua.

Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress

NA PLANTA

No caso de imóvel na planta, conhecer o histórico da construtora é fundamental.

O gerente de custos Luiz Claudio Contezini, 47, espera desde 2010 pelo apartamento no Cambuci (zona sul). Entre os problemas, o desabamento de uma parte do terreno exigiu a revisão da obra.

"A área verde que seria a vista da minha varanda se tornou um paredão para evitar novo desabamento."

É importante conferir se a incorporadora cumpriu as exigências legais para iniciar a obra, diz o advogado Marcelo Tapai. Ele orienta guardar todo o material sobre o prédio (memorial descritivo da obra, folders e panfletos).

Daniel Guimarães/Folhapress
A aposentada Edite Marly da Silva Marchetti convive com barracas de legumes na porta de casa há mais de 20 anos
A aposentada Edite Marly da Silva Marchetti convive com barracas de legumes na porta de casa há mais de 20 anos
 

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