Pessimismo com a economia afugenta investidor de imóveis

Responsáveis pelo aquecimento do setor no ano passado ao adquirir a maior parte das unidades compactas em eixos financeiros da capital paulista, os investidores andam sumidos do mercado.

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O objetivo com a compra de imóveis pequenos é a locação, aproveitando que a demanda por esse tipo de produto é grande nessas regiões.

No entanto, oferta crescente, pessimismo com economia e rentabilidade menor com o aluguel levam muitos a mudar de ideia ou ao menos adiar os planos.

"O imóvel, como qualquer outra atividade, está passando pelo mesmo processo da economia nacional. As pessoas estão desanimadas com tudo, e imagino com o próprio emprego", diz Antonio Setin, presidente da incorporadora Setin.

Ele diz apostar que os preços acompanhem a inflação enquanto a economia estiver em baixa, mas que voltem a crescer quando ela aquecer.

O empresário cita os reflexos do novo Plano Diretor, com restrições às construções nos miolos de bairro, e a escassez de terrenos como fatores inflacionários. "O melhor momento para comprar é quando ninguém quer comprar", afirma.

VALORIZAÇÃO
Além da alta de preços, profissionais do setor apontam que a compra de imóveis que tendem a ser menos ofertados no futuro pode ser uma oportunidade de investimento a longo prazo.

Para Bruno Vivanco, da Abyara, o Plano Diretor traz restrições às vagas de garagem e investir em um prédio com muitas vagas deve levar à valorização.

Setin diz que, com a limitação de altura em miolos de bairros, prevista no Plano, projetos nesses locais devem ser mais caros. Com isso, comprar um projeto hoje feito com regras antigas também pode ser mais econômico.

Editoria de Arte/Folhapress