Com tanta oferta de carros, é preciso foco para não se embaralhar
EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"
No fim dos anos 1980, quem comprava um carro no Brasil tinha poucas opções. Cada faixa de preço trazia três ou quatro veículos diferentes -havia cerca de 30 modelos à venda. Hoje, o mercado oferece mais de 200 automóveis em 900 versões. Quanto mais alternativas, maiores são as dúvidas.
"A indústria divide o mercado em segmentos A, B ou C. Mas essa não é necessariamente a percepção do consumidor, o que leva ao surgimento de carros com características distintas dentro de uma mesma categoria", afirma Hermann Mahnke, diretor de marketing de produto da GM.
O primeiro passo para tomar a decisão certa é definir o quanto se quer pagar e, depois, partir para a pesquisa de mercado, com visitas às concessionárias para conhecer de perto as opções. Foi o que fez o empresário André Penha, 32.
"Em 2010, quando morava nos EUA, comprei um Mercedes C300. De volta ao Brasil, procurei um carro delimitando a faixa de preço. Pesquisei bastante e escolhi o Fiat 500", conta André.
Razão e emoção
O empresário cita vários motivos lógicos para justificar a compra. Segundo os fabricantes, esse é o comportamento usual do consumidor.
"Na hora de verbalizar os desejos, os conceitos racionais são mais fortes. Fatores emocionais são difíceis de explicar", diz Hermann.
Em 2008, levado pela emoção, o professor Luciano Pires, 38, comprou um Honda Accord usado, ano 1997. Após alguns meses, viu que o carro não combinava com seu cotidiano, e radicalizou: trocou o sedã por um Ford Ka 1.6 novo.
"Os gastos eram altos e era difícil encontrar vagas para o Honda", explica o professor, que hoje tem um Focus hatch.
"Nas compras motivadas apenas pela emoção, o cliente não considera que, no futuro, incidirão outros custos como combustível, seguro e manutenção", diz Milad Kalume Neto, gerente da consultoria Jato Dynamics.
Contudo, a compra não precisa ser estritamente racional. É possível priorizar praticidade, espaço ou status em uma mesma faixa de preço.
MODELOS DIFERENTES, MESMO PREÇO
Qual carro comprar com R$ 35 mil? A primeira resposta pode ser um modelo de entrada bem equipado, com motor 1.0. Mas também dá para colocar na garagem um compacto esportivo ou um sedã com muito espaço.
Os exemplos apresentados nesta página ilustram a diversidade de modelos que é possível encontrar dentro da mesma faixa de preço -é preciso, portanto, avaliar o perfil de cada produto e cruzar suas características com o uso que o carro terá.
Os valores já incluem ar-condicionado, direção hidráulica e airbags frontais. Defina seus critérios de dar as cartas.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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