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04/11/2012 - 03h00

Presidente da Hypermarcas diz que proximidade com poder estimula carreira

ANNA CAROLINA RODRIGUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após trabalhar por nove anos na área de consultoria, Claudio Bergamo, 47, decidiu que era o momento de passar para o outro lado do balcão. Do início com a marca Assolan, junto com o empresário João Alves de Queiroz Filho, o Junior, criou uma das maiores empresas de consumo do país.

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Bergamo e Queiroz Filho trabalham juntos desde 1998, inicialmente na Arisco. Entre 2008 e 2010, compraram diversas marcas. No ano passado, para reduzir o endividamento, a empresa ficou mais enxuta e vendeu ativos.

Bergamo começou a carreira na área de vendas e aconselha os jovens a seguir esse caminho. "Ao trabalhar com vendas, a pessoa aprende a correr atrás. Tendo meta para cumprir, ela é obrigada a desenvolver relacionamentos e a entender a mecânica da coisa."

Leonardo Rodrigues/Valor
Claudio Bergamo, CEO da Hypermarcas
Claudio Bergamo, CEO da Hypermarcas

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Folha - Qual experiência o sr. considera a mais importante para sua carreira?

Claudio Bergamo - Acho que sair da [consultoria] McKinsey [em que Bergamo ingressou em 1989] foi uma decisão dificil. Virar sócio era uma ótima oportunidade, mas eu tive a impressão de que iria me acomodar.

Ao trocar de emprego, é preciso começar quase do zero. Tem de desenvolver credibilidade e confiança. Saí de uma empresa multinacional, bem estruturada e estabelecida, e optei por uma empresa brasileira. Eu queria mesmo era trabalhar perto do dono, pois eu achava que isso iria enriquecer minha experiência.

E enriqueceu, certo?

Entrar e ficar próximo do poder decisório era dinâmico para a tomada de decisões. Na época, meu filho tinha acabado de nascer. Era uma mudança muito grande, mas não me arrependo de forma alguma. Foi uma das melhores decisões que tomei.

Como o senhor foi trabalhar na Arisco?

Fui procurado por um "headhunter" [caçador de talentos]. Eles me chamaram, fizeram uma entrevista comigo etc. E passei pelo processo seletivo. Nunca tive moleza (risos). Aliás, não acredito em QI [quem indica].

Por quê?

As pessoas tem de buscar um emprego que as valorize. Se posso dar um conselho: não aceitem indicações.

O que mais o motiva no trabalho?

O empreendedorismo me motiva. Poder criar algo, vê-lo crescer e crescer junto com ele. Busquei isso durante toda a minha carreira. Na venda da Arisco, recebi uma proposta da Unilever e outra da Ford, para trabalhar como vice-presidente de planejamento estratégico na América Latina.

Recusei ambas e segui com o sr. Junior em uma pequena sala, na qual começamos a desenvolver uma nova companhia. Daí surgiu a Hypermarcas. Eu gosto de ficar próximo do poder decisório. Acho que dessa forma há mais dinamismo do que em um ambiente mais burocrático e corporativo, como costuma ser nas multinacionais.

 

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