Países emergentes dão mais oportunidade de liderança para mulheres
DE SÃO PAULO
Um estudo realizado pela consultoria Boston Consulting Group (BCG) revelou que as mulheres ocupam mais cargos de gerência seniores nos países emergentes conhecidos como Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) e no sudeste da Ásia do que em outros lugares do mundo.
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A análise foi feita por meio de entrevistas com 100 executivos seniores da área de recursos humanos de 44 companhias multinacionais espalhadas por todos os continentes.
Segundo o levantamento, as mulheres ocupam 21% das posições de gerência no mundo. No entanto, nos países emergentes e sudeste da Ásia esse valor aumenta para 26% e 32%, respectivamente.
Carl Martin Nordby | ||
Mulheres ocupam mais cargos de gerência seniores nos Brics e no sudeste da Ásia, segundo estudo da BCG |
Nos países desenvolvidos do G7 (Estados Unidos, Japão, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França e Itália) esse número é de 18%. Quando essas nações foram analisadas separadamente a diferença foi ainda maior.
Na Alemanha, 17% dos cargos gerenciais seniores são ocupados por mulheres. No Japão e Estados Unidos esse número é de apenas 5%. No mundo, 9% dos cargos de CEOs são ocupados por elas.
A discrepância é grande, já que, de modo geral, elas ocupam 44% das posições de trabalho, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Quando perguntados sobre os fatores que agem como barreiras para a carreira feminina, os executivos responderam que são a falta de comprometimento das lideranças com a questão e critérios de seleção orientados para escolher homens.
Outro estudo do BCG mostrou que 74% das executivas acreditam que a barreira mais significante para suas carreiras era a cultura masculina dominante nos níveis hierárquicos mais altos.
Segundo Christian Orglmeister, sócio e líder de RH do BCG, o estudo não tentou explicar o motivo pelo qual as mulheres ocupam mais cargos de gerência nos países emergentes, mas levanta algumas hipóteses. "Nessas nações existe uma cultura de empregados domésticos e também de famílias mais unidas, o que permitem às executivas trabalhar mais", explica.
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