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27/01/2013 - 05h39

Aprenda a escolher o melhor curso de pós-graduação para você

EDUARDO KORMIVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O analista de marketing digital Adriano Ortolani, 28, decidiu desembolsar os R$ 16 mil necessários para cursar uma pós-graduação na USP com a intenção de acelerar a carreira. Apesar do calibre da instituição, o retorno do investimento ficou abaixo do esperado. Decepcionado com o foco teórico da especialização em Gestão Integrada da Comunicação Digital para Ambientes
Corporativos, concluída em novembro, Adriano não descarta realizar cursos de extensão para aprofundar conteúdos apresentados durante nas aulas.

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Histórias como essa se multiplicam no mesmo ritmo da expansão dos cursos de pós-graduação no país. Para evitar surpresas, os especialistas dizem que a pesquisa não pode se limitar ao prestígio da instituição: tópicos de aula, currículo de professores e carga horária precisam ser conferidos.

"O retorno do seu investimento não pode ser o diploma, tem que ser conteúdo", afirma Luiz Mariano, sócio-diretor da consultoria de recursos humanos Flow.

Karime Xavier/Folhapress
Adriano Ortolani, analista de redes sociais, que ficou decepcionado com o curso de pós que escolheu, de viés totalmente teórico
Adriano Ortolani, analista de redes sociais, que ficou decepcionado com o curso de pós que escolheu, de viés totalmente teórico

O processo de escolha deve começar com uma autoanálise da carreira, do momento atual às perspectivas de crescimento profissional. "Não dá para se decidir sem um projeto", diz Renato Guimarães, coordenador de curso de especialização da Escola de Administração de Empresas da FGV. "Há casos em que o profissional escolhe fazer um curso de peso para alavancar a carreira, mas não fala inglês, o que, muitas vezes, é mais importante", complementa Fábio Cunha, gerente da consultoria Michael Page.

O passo seguinte é avaliar qual formato de pós-graduação favorecerá a aquisição das novas competências desejadas

Os cursos "stricto sensu", que englobam mestrado (acadêmico ou profissional) e doutorado, duram de dois a quatro anos e são voltados para a formação de pesquisadores e professores universitários. A diferença entre os tipos de mestrados é que o profissional, ainda recente no país, aprofunda o aprendizado de uma carreira, não de uma área de conhecimento.

O foco dos cursos "lato sensu" são demandas do mercado. Neste grupo estão as especializações, com carga de 360 horas. Apesar do nome, os programas de MBA (mestrado em administração de negócios, na sigla em inglês), também são considerados especializações pelo MEC (Ministério da Educação). Luiz Edmundo Rosa, diretor de educação da ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos), diz que a maior dificuldade de cursar MBA no Brasil é escolher uma boa escola.

Uma dica para checar a qualidade é verificar se o programa consta em rankings internacionais. Outro indicador é o próprio processo seletivo ou a ausência dele. Boas escolas oferecem não apenas conteúdo, mas uma rede sólida de relacionamentos. Por conta disso, programas de mestrado e de MBA que dividem a formação entre o Brasil e o exterior podem ser uma boa opção. "Nesse caso, você ganha duas redes de relacionamento", conclui Rosa.

 

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