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18/08/2013 - 01h49

Metade dos profissionais de até 25 anos quer mudar de emprego

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

Tanto os profissionais mais jovens como os mais velhos são insatisfeitos com seus trabalhos no Brasil, mas por razões distintas.

De acordo com levantamento da empresa de pesquisas SurveyMonkey, 75% dos profissionais brasileiros não se sentem suficientemente recompensados pelos seus salários. E 36% querem mudar de emprego nos próximos seis meses. Entre os jovens, essa parcela sobe para 49%.

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A companhia norte-americana fez a pesquisa, obtida com exclusividade pela Folha, com 600 respondentes, no fim de julho.

Os dados indicam que os profissionais acima de 25 anos são desgostosos principalmente com a remuneração. E os mais jovens querem que os empregadores deem atenção a eles e possibilitem crescimento.

Segundo a diretora Becky Cantieri, os resultados foram muito próximos daqueles que eles encontraram em empresas da Califórnia.

Na pesquisa, os jovens apontaram que querem ir a corporações nas quais existam "bom ambiente de trabalho, flexibilidade nos horários e possibilidade de serem ouvidos", afirma Cantieri.

Adriano Vizoni/Folhapress
Mariane Francisco, 24, já trocou de emprego três vezes
Mariane Francisco, 24, já trocou de emprego três vezes

Há menos de um mês, a secretária-executiva Mariane Francisco, 24, fez a terceira troca de emprego da vida.

O novo salário é melhor, mas não foi o essencial na hora de tomar a decisão, afirma.

"Acho normal uma pessoa jovem como eu ter trocado tanto de emprego. A minha geração é diferente: a gente quer retorno mais rápido", afirma Francisco.

Ela afirma que vê mais chance de crescer na nova companhia, uma multinacional do setor de plástico.

A autora de livros de RH Marcia Luz conta que existem diferenças muito marcantes no comportamento de profissionais jovens. "A garotada que entra nas empresas hoje não chega para obedecer."

Ela diz que, para reter profissionais com menos de 25, os chefes precisam aprender a negociar com eles.

Para Cantieri, os gestores deveriam conseguir prever esse tipo de situação.

Ela recomenda que as organizações façam pesquisas periódicas para "sentir o pulso de suas equipes".

 

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