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28/01/2016 - 02h00

Escolas bilíngues oferecem aprendizado de um terceiro e até quarto idioma

BRUNO LEE
DE SÃO PAULO

Nem só da combinação entre português e outros idiomas vivem as escolas bilíngues. Hoje, esses colégios já oferecem, a partir do ensino fundamental, uma terceira língua e, em alguns casos, uma quarta. É o chamado currículo multilíngue.

No colégio alemão Humboldt, por exemplo, o inglês é introduzido no quinto ano, e o espanhol, no sétimo, ambos como idiomas estrangeiros -ou seja, o aluno não aprende conteúdo de outras disciplinas nessas línguas.

Isso acontece, segundo o diretor pedagógico do colégio, Valdir Rasche, para que a criança tenha um "tempo de estruturamento". "Primeiro, ela aprende mais profundamente o português e o alemão, ensinados simultaneamente a partir dos 4 anos. Mais tarde, é apresentada aos outros idiomas", conta.

O programa Global, do Pueri Domus, funciona de maneira semelhante. O português e o inglês entram a partir do ensino infantil, e o espanhol é incluído na grade no quinto ano.

Em caráter experimental, algumas unidades da escola, como a da rua Verbo Divino, incorporaram a língua mais cedo, já na quarta série.

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As irmãs Catarina, 4, e Helena Duboc, 2, na escola de inglês - Raquel Cunha/Folhapress

"O mundo está virando para isso. Atualmente, o inglês já é obrigatório", afirma Andrea Bonfanti, mãe de Mell Ajauskas, 12, aluna do currículo bilíngue desde o quinto ano -e que agora vai para o oitavo. "Estou começando a fazer negócios com a América Latina. E, como peno no espanhol, eu falo: 'Filha, por favor, estude'", brinca a mãe.

Outro que adota o modelo é o Liceu Pasteur, onde convivem português, francês, inglês e espanhol ou alemão.

Segundo Fraulein de Paula, do Instituto de Psicologia da USP, nada impede que a criança seja proficiente em mais de uma língua. O que pode ocorrer, diz, é um desenvolvimento "mais lento", se o plurilinguismo for precoce.

"Porém isso não significa um atraso ou algo negativo. Essa demora é consistente com o volume e a complexidade da demanda a que ela está submetida."

De acordo com Maria Regina Peres, doutora em psicologia da educação, é preciso considerar que a criança tem preferências. "Uma determinada língua pode ser mais significativa para ela em função de interesses pessoais, vínculos afetivos e questões sociais."

 

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