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30/09/2012 - 06h30

Barra Funda se valoriza e imóveis sobem 136% em cinco anos

ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Conhecida por seus galpões abandonados e pela linha de trem que corta o distrito ao meio, a Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, está em plena transformação. Não se espante, portanto, se em cinco anos você passar pela avenida Marquês de São Vicente e avistar, onde há hoje terrenos baldios e fábricas desativadas, torres residenciais e comerciais de alto padrão.

A valorização do distrito, que vem deixando para trás sua antiga vocação industrial, começou discretamente há alguns anos. Segundo a empresa de pesquisas Geoimovel, de janeiro de 2007 para cá houve 27 novos lançamentos residenciais na Barra Funda, que representam 5.425 novos apartamentos.

O número não é expressivo se comparado aos 50 lançamentos do bairro vizinho de Perdizes. Porém, com a rápida valorização do metro quadrado na Barra Funda --o salto foi de 135% nos últimos cinco anos-, o distrito entrou no radar das construtoras e incorporadoras de imóveis.

Além de estar localizado ao lado do centro e da marginal Tietê, a Barra Funda tem boa oferta de transporte público e faz parte da Operação Urbana Água Branca, que pretende, nas próximas décadas, levar 60 mil novos moradores à região.

Apartamentos no 'novo bairro' custarão de R$ 560 mil a R$ 1,9 milhão
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O primeiro resultado da operação urbana é o Jardim das Perdizes, empreendimento da Tecnisa e da PDG que aguardam apenas uma autorização da prefeitura para ser lançado. Em um terreno de 250 mil metros quadrados (o equivalente a cerca de 20 quarteirões), localizado entre a linha de trem e a avenida Marquês de São Vicente, deverão ser construídas, até 2017, cerca de 30 novas torres residenciais e duas comerciais, além de duas avenidas, sete ruas e um parque de 50 mil metros quadrados (maior do que o Trianon) abertos ao público.

O empreendimento é chamado de "mini-bairro" por Fabio Villas Bôas, diretor-executivo técnico da Tecnisa. "Devemos levar entre 10 mil e 12 mil novas pessoas para a região, entre moradores e trabalhadores", afirma.

As seis primeiras torres residenciais terão unidades de 80 m² a 270 m² com preço entre R$ 560 mil e R$ 1,9 milhão (cerca de R$ 7.000 o metro).

A infraestrutura do terreno (e o estande de vendas) já está pronta: quem passa pela avenida Nicolas Boer pode ver as novas ruas, os postes de luz e as árvores recém-plantadas.

Para Daniela Araujo de Godoy, 30, gerente de RH da empresa TGestiona, que fica no bairro e que criou o projeto "Nova Barra Funda", o distrito está começando a se valorizar, mas ainda tem muito a evoluir. "A Barra Funda ainda tem muita cara de bairro industrial. A região precisa de mais segurança e de mais opções de comércio."

"A Barra Funda já mudou bastante, está ganhando uso residencial e empresarial. Com o tempo, vai haver cada vez mais barzinhos, restaurantes e atividades ligadas à arte", aposta o arquiteto e urbanista Hélio Mítica Neto.

Carolina Daffara/Editoria de Arte
Barra Funda em números
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