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17/03/2013 - 06h30

Só 9% conseguem financiar imóvel de R$ 300 mil em SP

ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com os juros do financiamento habitacional nos patamares mais baixos dos últimos dez anos, adquirir um financiamento ficou mais fácil e menos dispendioso. Porém, moradores de grandes capitais enfrentam outro dilema: com a alta de preços, não é fácil encontrar um imóvel que caiba no bolso.

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Dos 11,2 milhões de moradores de São Paulo, 6,3 milhões possuem renda, mas, desses, apenas 8,7% têm condições de financiar sozinhos um imóvel de R$ 300 mil (dando R$ 90 mil de entrada), pois ganham acima de 10 salários mínimos (cerca de R$ 6.800), segundo o IBGE.

Editoria de Arte/Folhapress

Simulação feita pelo economista José Dutra Vieira Sobrinho mostra que, para financiar um imóvel de R$ 300 mil reais, com 10% de entrada (R$ 30 mil), é preciso ter uma renda mensal comprovada de R$ 8.980. Se a entrada for de 30%, então a renda exigida cai para R$ 6.984 (veja no quadro abaixo).

O limite existe porque o comprador pode comprometer, no máximo, 30% de seu salário com as prestações.

Levantamento feito pela Geoimovel mostra que, com alta de 113% no valor dos imóveis em SP nos últimos cinco anos, são cada vez mais raros os lançamentos inferiores a R$ 300 mil. Se, em 2010, 54% valiam menos do que isso, no ano passado, esse percentual caiu para 32%.

"A recuperação de preços dos imóveis nos últimos anos foi muito maior do que a recuperação dos salários. Agora as pessoas precisam adequar suas necessidades a uma nova realidade", afirma Celso Petrucci, economista do Secovi-SP (sindicato da habitação). "Em pouco tempo estaremos todos morando em apartamentos de 25 m²."

Editoria de Arte/Folhapress

PERIFERIA

"Em São Paulo, no Rio e em Brasília, imóveis abaixo de R$ 200 mil só existem na periferia da periferia", afirma Luiz Paulo Pompeia, presidente da Embraesp.

O programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, subsidia apartamentos com juros inferiores aos praticados pelo mercado e, portanto, exige do comprador uma renda menor. Porém, contempla apenas unidades de até R$ 190 mil. Acima disso, os juros médios cobrados variam de 7% a 9% ao ano.

 

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