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11/05/2013 - 22h15

Companhias se aproximam de morros pacificados

REINALDO CHAVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A agência de publicidade NBS decidiu abrir uma unidade na favela Santa Marta (zona sul do Rio) para melhorar o modo como grandes empresas como O Boticário e Coca-Cola se relacionam com os moradores, usando atividades culturais e profissionalizantes.

"Uma marca forte não deve só discursar: tem de transformar a vida das pessoas", afirma Aline Pimenta, 37, diretora do projeto, chamado Rio+Rio.

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A iniciativa inclui o escritório nessa comunidade, que em 2008 recebeu a primeira UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), e também ações no morro da Providência (centro).

Segundo o IBGE, em números de 2010, as 33 comunidades pacificadas do Rio têm cerca de 660 mil moradores.

Após um estudo sobre os hábitos de consumo da população, a agência começou a fazer reuniões com moradores para traçar ações.

Ficou definido que os próprios residentes podem escolher quais atividades as marcas vão realizar.

Divulgação
Aline Pimenta, responsavel pelo projeto Rio+Rio
Aline Pimenta, responsavel pelo projeto Rio+Rio

O Boticário, por exemplo, promove um baile de debutantes no morro da Providência com serviços de beleza para adolescentes e também dá orientações de carreira. A Coca-Cola oferece cursos de capacitação de jovens.

Segundo Pimenta, empresas têm a intenção de abrir pontos de venda locais oficiais, mas com formatos alternativos, de acordo com a necessidade dos moradores.

"A intenção é desenhar um modelo, que pode até ser estimular empreendedores locais para serem parceiros", diz.

Para a diretora da Rede do Lado de Cá, Tatiana Ivanovici, 34, que desde 2010 também atua em comunidades carentes no Brasil para a implantação de projetos de comunicação, não se deve cair para o lado assistencialista quando uma companhia passa a atuar numa comunidade. "São pessoas que estão inseridas no crescimento da classe média brasileira. Muitos também têm total energia e criatividade para serem microempreendedores, só precisam de edução financeira."

Editoria de Arte/Folhapress
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