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29/05/2013 - 14h21

Brasileira no Vale do Silício mostra os erros típicos dos novos empresários

DERLA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A jovem empresária Bel Pesce, 25, já lançou dois livros sobre empreendedorismo, além de ter cursado administração, engenharia elétrica, ciências da computação, economia e matemática no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ela ficou conhecida também por ter aberto uma empresa no Vale do Silício, reduto de start-ups dos Estados Unidos. No Brasil, abriu a FazINOVA, escola de capacitação para empreendedores.

A primeira publicação dela, "A Menina do Vale", foi lançada em agosto de 2012 e ficou no topo de listas de livros mais vendidos. No início de maio deste ano, foi a vez de "Procuram-se Super-heróis". A autora, que também conta com as experiências de trabalho no Google e Microsoft, participará nesta quarta-feira (29) de um chat às 16h no iba, plataforma brasileira de conteúdo digital, para falar sobre os seus e-books.

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Bel disse à Folha que pelo menos cinco erros podem ser evitados na hora de começar um novo negócio.

Criar o que ninguém quer
"Não adianta inventar um aplicativo que vende refrigerante e que o entrega em uma hora se qualquer pessoa pode achar a mesma bebida em qualquer padaria ao lado. É preciso vender algo que os consumidores realmente queiram e tenham necessidade. Ignorar as métricas das pesquisas também é algo comum. Se fez um aplicativo que cinco pessoas baixaram e nunca mais abriram é preciso descobrir o por que e não simplesmente deixar os dados de lado."

Contratar demais
"Tudo no começo é um aprendizado grande. Muitas pessoas contratam rápido demais porque acham que a situação está calma. Mas, no início de qualquer empresa a tranquilidade não é tão tranquila assim. Não é só passar de 10 para 90 pessoas e pronto. Além de envolver custos altos, envolve treinamento. Se o conhecimento estava só nos primeiros funcionários, eles terão que parar de executar as funções para treinar os novos. Isso faz com que se perda tempo e dinheiro."

Parentes e amigos sócios
"Não se apresse em relação aos sócios. É preciso escolher com muita calma e testar essas pessoas. Tem gente que pega o irmão ou o cunhado para trabalhar junto e às vezes isso funciona, mas nem sempre. Há pessoas que saem do trabalho por causa de um convite como esse e de repente não dá certo. É complicado. Se quer muito que uma pessoa próxima seja sócia, antes de pedir que ela saia da empresa que já está, tentem se encontrar durante a noite para tocar algum pequeno projeto da start-up e vê se dá certo primeiro."

Fazer tudo ao mesmo tempo
"Ter planos ambiciosos é bom, mas é preciso executá-los pouco a pouco. Não adianta dar passos largos demais. Quando uma empresa que está se estruturando devagar comete erros, eles serão pequenos. Mas, se o empreendedor quer crescer rápido demais, os erros podem ser grandes e isso irá machucar a empresa. No início é tudo incerto. Não adianta querer comprar um prédio e uma mobília perfeita agora. Não será da noite paro o dia que as coisas irão acontecer."

Modismo
"Negócios da moda não são sustentáveis porque já nascem com concorrentes. Não abra algo que não gosta só porque está todo mundo fazendo o mesmo. Os sites de compras coletivas são um exemplo. Já chegaram a ter milhares aqui no Brasil e muitos não duraram nem um ano. Era óbvio que não daria certo. Outra questão é começar a fazer algo que não gosta só por causa de dinheiro. Não precisa ser o primeiro em nada, mas é preciso ter cuidado."

Ayla Safir/Divulgação
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