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27/02/2013 - 16h22

Tesla e "The New York Times" se desentendem por teste de carro elétrico

DE SÃO PAULO

A Tesla Motors, fabricante de veículos elétricos instalada na Califórnia (EUA), e o jornal "The New York Times" se desentenderam nos EUA. A polêmica começou após o jornal publicar uma avaliação negativa do sedã Model S.

O repórter John Broder fez uma viagem para testar o carro e também a rede de pontos de recarga rápida que a Tesla instalou pela Costa Leste. De acordo com o jornalista, o carro falhou diversas vezes, ficou sem bateria e teve de ser rebocado. O texto contraria uma avaliação inicial do carro, de curta distância, publicada pelo NYT.

Elétrico, Tesla corre como um esportivo e tem autonomia de carro a gasolina

Elon Musk, presidente da Tesla, divulgou declaração criticando duramente o repórter. Musk acusou Broder de ter uma opinião tendenciosa contra veículos elétricos e de ter sabotado o teste.

James Lipman/Divulgação

Segundo o executivo, a marca perdeu US$ 100 milhões em vendas desde que a matéria foi publicada, há duas semanas. Ele disse também que comandará uma campanha para recuperar a imagem da marca e do carro.

"Muitos outros veículos de comunicação fizeram o mesmo trajeto, com uma velocidade de cruzeiro correta e uma temperatura agradável na cabine, e não ficaram sem bateria", afirmou Musk em textos publicados no site da Tesla.

Segundo o fabricante, os pontos de recarga na rodovia consideram a duração da bateria seguindo uma determinada velocidade média. Musk acusa o repórter de ter andado mais rápido que o recomendado e carregado a bateria por menos tempo do que está descrito no jornal. A temperatura da cabine também teria sido elevada com o objetivo de prejudicar o desempenho da bateria.

Dados como localização, velocidade e uso da bateria são registrados pela montadora via GPS e, segundo a Tesla, a análise das informações comprova que o repórter agiu de forma incorreta. "Os dados ainda apontam desvios na rota e um período em que o repórter andou em círculos, que não constam da reportagem", completou Musk.

ESTAÇÃO DE RECARGA

O NYT e o repórter mantiveram a opinião publicada, e se defenderam. "Isso não foi o que aconteceu. Eu jamais sabotaria intencionalmente o carro. O sr. Musk não deve apenas me pedir desculpas, mas tem que reconhecer que a distância entre os pontos de recarga precisa ser menor e me convidar para um segundo test-drive depois que estações adicionais forem construídas", escreveu Broder em resposta publicada no site do jornal.

O repórter afirma que dirigia "normalmente", e que os picos de velocidade podem ter acontecido quando o carro estava em descidas, com o controle de cruzeiro ativado. "Dirigi em círculos porque não encontrava a estação de recarga, mal sinalizada. Oscilei a temperatura na busca de um equilíbrio entre o gasto da bateria e o conforto na cabine", justificou Broder.

Nesta semana, Margaret Sullivan, editora pública do "The New York Times", fez um artigo sobre o caso, reconhecendo que há imprecisões no texto e que o repórter tomou decisões erradas em momentos importantes do teste. Mas ela negou que o repórter tenha agido de má fé e acrescentou que o teste foi feito em um dos dias mais frios do ano até o momento, o que afeta o comportamento do carro.

A Tesla publicou em seu site parte da opinião da editora -- apenas os trechos que são negativos para o repórter-- e destacou mensagens de apoio ao seu carro recebidas pelo próprio jornal. A fabricante prometeu que continuará trabalhando na melhoria continua do carro e dos sistemas de recarga da Costa Leste.

 

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