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25/04/2013 - 01h02

Pesquisa aponta alta expressiva nas vendas nos próximos anos

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mercado interno de caminhões dos Brics, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, terá uma elevação expressiva nas vendas nos próximos anos. Segundo o estudo "Winning the Bric Truck Battle" (ganhando a batalha dos caminhões no Bric, em inglês), do Boston Consulting Group, 66% dos veículos pesados comercializados em 2020 (excluindo ônibus) serão emplacados em um desses quatro países -- a pesquisa não incluiu a África do Sul.

Nesse cenário, a participação do Brasil deve chegar a 4% -- hoje é de cerca de 3%.

Segundo especialistas consultados pela Folha, o ritmo lento das economias da Europa e dos EUA reforça o aumento na demanda por caminhões nos países emergentes.

A MAN, do grupo Volkswagen, diz acreditar que as expectativas do estudo norte-americano devem se confirmar até o final desta década.

"Conforme o país cresce, a necessidade de transporte acompanha esse movimento. Praticamente tudo é transportado pelos caminhões, desde minérios até grãos e bebidas. Também há deficit em infraestrutura, com muito a ser construído", avalia Roberto Cortes, diretor-executivo da marca para a América Latina.

Danilo Bandeira/Editoria de arte/Folhapress

De olho na expansão do mercado, a MAN iniciou no ano passado um plano de investimento de R$ 1 bilhão, que vai até 2016.

"Temos como atender a um aumento na demanda. Nossa fábrica atualmente funciona em dois turnos e pode chegar a três se for preciso", diz Cortes. A unidade da MAN em Resende (RJ) tem construção modular, o que facilita obras de ampliação.

As previsões também estão atraindo novas marcas, como a holandesa DAF, que deve começar a fabricar seus caminhões em Ponta Grossa (PR) ainda neste ano.

FÁBRICAS

Já a Mercedes, que tem no Brasil seu maior mercado de pesados e a maior planta fora da Alemanha, também afirma que está preparada para um aumento de produção.

A marca investiu R$ 1,5 bilhão na veterana linha de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) e transformou sua antiga fábrica de automóveis em Juiz de Fora (MG) para produzir caminhões.

Hoje, a capacidade total é de 80 mil caminhões por ano -- o dobro do que em 2004.

A Ford fabrica cerca de 130 caminhões por dia em apenas um turno, mas também tem estratégias de expansão.

"Se a demanda aumentar, mais turnos serão acrescentados. Caso o Brasil chegue às médias de vendas apontadas pelo estudo, a Ford tem capacidade produtiva para isso", diz o diretor de operações da marca, Oswaldo Jardim.

Para o executivo, o crescimento exige condições específicas. "São números agressivos, mas que podem ser atingidos se as premissas de crescimento interno e da economia mundial se concretizarem." Para 2013, os fabricantes esperam crescimento de 8% a 10% nas vendas em relação ao ano passado.

Com 139 mil emplacamentos, 2012 foi um ano atípico. Com a entrada de caminhões menos poluentes para atender a uma nova e mais rigorosa fase do programa de controle de emissões, transportadores anteciparam a compra de caminhões em 2011 para evitar os modelos com preço maior.

 

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