Réplicas são exibidas antes dos originais
FELIPE NÓBREGA
ENVIADO ESPECIAL A XANGAI
Os carros chineses que replicam modelos de marcas ocidentais ou japonesas continuam em alta no Salão de Xangai. Os fabricantes, no entanto, estão indo mais longe: já existem carros inspirados em modelos que ainda não foram lançados.
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O híbrido BYD Qin (acima) traz desenho parecido com o do conceito Toyota Corolla Furia (abaixo), que foi apresentado em janeiro |
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Parceira da BMW na China, a Brilliance produziu o utilitário esportivo V5 (acima), que é quase idêntico ao luxuoso X1 (abaixo) |
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No estande da BYD, por exemplo, o destaque é o híbrido Qin, um sedã médio que é a cara da próxima geração do Corolla. A Toyota, que desenvolve esse carro há aproximadamente três anos, deve apresentá-lo oficialmente somente em 2014.
Um protótipo do modelo japonês foi exposto em janeiro, no Salão de Detroit, e batizado de Furia.
Caso tenha se baseado apenas nesse conceito, a BYD teve pouco mais de três meses para desenvolver o seu carro.
Outro exemplo é o sedã Trumpchi GA3. Apesar do porte compacto, o carro da GAC tem a lateral marcada por um vinco ondulado, igual ao do conceito LE da japonesa Infinity, mostrado em 2011.
Os carros europeus são os mais clonados na China. No estande da Lifan no Salão de Xangai, o pequeno 330, que antes era a cara do Mini Cooper, agora se parece com o Fiat 500L, a minivan derivada do Cinquecento.
Já o Hawtai Boliger S é uma espécie de Porsche Cayenne de antiga geração. Um representante da montadora chinesa nega o parentesco e diz que os carros são muito diferentes.
Já a executiva Sunny Liu, vice-diretora do departamento de relações internacionais da Jonway, orgulha-se do fato de o jipinho A380 ser muito semelhante ao RAV-4.
"Ele não é tão bonito quanto o Toyota?", indaga, sorridente.
Porém, os consumidores chineses estão mais interessados nos modelos de marcas consagradas.
O conceito Mitsubishi G4 é um dos mais procurados pelo público, pois os sedãs compactos têm feito sucesso naquele país.
Desenhado no Japão especialmente para mercados emergentes, o protótipo tem motor 1.2 e é montado sobre a plataforma compacta da marca, a mesma do hatch Mirage.
O modelo foi apresentado como carro global, mas o fabricante não anunciou planos para a América do Sul.
"A Mitsubishi ainda não decidiu se essa família de produtos será produzida no Brasil", disse à Folha Kazuo Fukyama, presidente da montadora na China.
Outro modelo do mesmo segmento é o Honda Crider, sedã maior que o City e que será uma espécie de Civic menos sofisticado.
"Temos de oferecer várias opções de carroceria e de preços para o consumidor chinês, como fazem nossos rivais", explicou um porta-voz da marca em Xangai.
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