Publicidade
27/01/2013 - 05h01

Competição faz estudante emendar pós e graduação

CAMILA GOMES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em um mercado de trabalho competitivo em que a pós-graduação no currículo é valorizada pelas empresas, jovens têm buscado cursar pós antes mesmo de entrar no mercado de trabalho.

Meta do governo é duplicar o número de doutores no Brasil
Parceria entre universidade e mercado gera pesquisa de ponta
Cursos que unem diversas áreas de atuação são tendência no Brasil

"Há uma crença de que você precisa fazer uma pós-graduação a qualquer custo. Vejo muitos alunos que mal se formaram na faculdade e já vão fazer MBA", diz Sandra Loureiro, docente do Departamento de Administração da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) e especialista em gestão de carreira.

Gabo Morales/Folhapress
Joao Rizek, 25, optou por mestrado em filosofia da música logo após a graduação em comunicação social
Joao Rizek, 25, optou por mestrado em filosofia da música logo após a graduação em comunicação social

Uma pesquisa salarial realizada em novembro de 2012 pela Catho, empresa de vagas e currículos on-line, mostrou que profissionais no nível de gerência com pós-graduação ganham, em média, 20% a mais do que aqueles que têm apenas a graduação.

Por outro lado, especialistas afirmam que a experiência é tão ou mais importante que o conhecimento teórico na hora de disputar uma vaga no início da carreira.

Loureiro afirma que o momento ideal para aprofundar os estudos é, geralmente, só depois de já ter trabalhado algum tempo na área em questão. Para a docente, um dos poucos casos que justificam a prorrogação dos estudos antes da entrada no mercado é quando se deseja seguir carreira acadêmica.

Apesar disso, há alguns casos em que engatar uma pós logo depois da graduação pode ser vantajoso, dependendo da área de atuação, segundo Luís Testa, diretor de marketing da Catho.

É o que aconteceu com João Gabriel Rizek, 25, que, logo após concluir a graduação no curso de comunicação social na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) começou um mestrado em filosofia da música na Unesp. Como o primeiro curso era bastante abrangente, a opção foi por se especializar logo em seguida. Ele cogita seguir carreira acadêmica.

Elaine Saad, vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, afirma que a falta de experiência não impede que o aluno seja contratado, mas pode haver dúvidas da parte da empresa em relação ao quanto ele consegue praticar tudo o que aprendeu até então.

Quanto à necessidade de uma pós-graduação para conseguir um bom cargo, Loureiro lembra que pode haver outras prioridades. "Para quem não fala outro idioma, aprender uma língua pode ser até mais importante do que uma especialização."

 

Publicidade

 
Busca

Encontre vagas




pesquisa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag