Mil produtores ganham US$ 100 mil por ano

A propaganda que aparece antes do vídeo, que chega a irritar usuários do YouTube, faz com que a produção dos clipes do site se profissionalize, diz Bibiana Leite, 34, gerente de parcerias do YouTube para a América Latina.

Segundo ela, mais de mil parceiros do site recebem US$ 100 mil (ou mais) por ano só com esses anúncios. Ela diz que, no Brasil, há 58 milhões de visitantes únicos por mês. Veja trechos da entrevista.

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Folha - Como um produtor de vídeo consegue ganhar dinheiro com o YouTube?
Bibiana Leite - Basta que ele crie uma conta no site, faça um "upload" e escolha a opção para monetizar.

O site vai atrás de parceiros?
A gente se aproxima de alguns canais que vão bem.

Vocês dão apoio a eles?
Damos cursos on-line. O parceiro tem possibilidade de melhorar os vídeos -eles podem colocar pequenos links dentro do clipe ou legendas. E há muitas informações disponíveis -dá para saber, por exemplo, em qual momento os espectadores estão saindo da página e, assim, tomar decisões.
Também se vê de onde os usuários acessam: de tablets, computadores etc.

Quantos parceiros vocês têm no Brasil?
Milhares, mas não falamos o número exato. No mundo, há pelo menos mil parceiros que recebem mais de US$ 100 mil por ano só com as receitas de publicidade.

Como funciona esse mercado?
Existe um leilão por palavras-chave. De acordo com as categorias nas quais o vídeo se insere, o nosso sistema consegue identificar o tipo de conteúdo e aplica a publicidade relevante. Por exemplo, temos parceiros que fazem vídeos sobre maquiagem e exibimos anúncios relacionados a temas como saúde e beleza ou direcionados a esse público.

Como é a relação com as "networks" (redes) temáticas de canais no YouTube?
Eles agregam canais e dão consultoria aos produtores. Alguns deles têm até estúdios e oferecem apoio para que os criadores de conteúdo possam continuar. Têm equipe de vendas e assim conseguem dar escala a um canal específico. Eles podem procurar anunciantes diretamente, para campanhas específicas.